Painel com ícones de reciclagem e mapa de São Paulo representando metas de logística reversa até 2029

Falar de reciclagem em São Paulo nunca foi tão urgente. Vivi, nos últimos anos, uma clara evolução do conceito de logística reversa no Brasil. Com a chegada da Lei de Incentivo à Reciclagem, a preocupação com responsabilidade ambiental finalmente se consolida como estratégia real para empresas. Recentemente, percebi que um novo marco se aproxima rápido: a publicação da Decisão de Diretoria nº 079/2025/A pela CETESB.

O novo cenário até 2029: mudanças fundamentais

No dia 10 de dezembro de 2025, CETESB apresentou a Decisão de Diretoria nº 079/2025/A, trazendo atualizações robustas à DD nº 051/2024/A. Essa publicação determina as novas metas de logística reversa no Estado de São Paulo para o período de 2026 a 2029. Na prática, isso consolida a evolução da política pública e coloca toda a cadeia produtiva diante de desafios inéditos.

As regras de hoje não serão as mesmas amanhã.

O que muda no cronograma?

Até 31 de dezembro de 2025, segue a segunda etapa das obrigações. Todos os anos, empresas devem entregar Relatórios Anuais de Resultados sobre suas ações de logística reversa. Para 2025, em específico, a entrega vai até o dia 30 de julho de 2026. De 2026 em diante, essa rotina continua: os relatórios precisam ser entregues todos anos, até 30 de julho do ano seguinte ao período de referência.

Essa estrutura garante que as ações não sejam pontuais, e sim um ciclo permanente de responsabilidade.

Montanhas verdes e estrada com símbolo de reciclagem ao fundo Compreendendo os conceitos: ano-base, de desempenho e de relatório

Uma das perguntas que mais ouço em treinamentos é: "Como garantir que estou contabilizando corretamente meus resíduos e embalagens?" A resposta está nos conceitos oficiais, agora fixados pela legislação de São Paulo:

  • Ano-base: é o ano fiscal imediatamente anterior ao de desempenho ou referência. Isso assegura que empresas incluam de fato as quantidades comercializadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano-base.
  • Ano de desempenho/referência: é o próprio ano de operação, também considerado de 1º de janeiro a 31 de dezembro.
  • Ano de apresentação do relatório: é o ano posterior ao de referência, aquele em que o Relatório Anual de Resultados deve ser apresentado.

Esses conceitos são a base para o controle efetivo das metas e obrigam empresas a seguirem alto rigor documental.

Novas metas: alcance e detalhes entre 2026 e 2029

O grande desafio da Decisão de Diretoria nº 079/2025/A está nas metas quantitativas e geográficas para 2026 a 2029. Quem atua no setor de embalagens ou produtos sabe: há uma pressão crescente por rastreabilidade e eficiência nos sistemas de coleta e destinação.

Experimentei, junto a profissionais do setor, a busca por adequação e modernização dos Planos de Logística Reversa. Agora, é obrigatório atualizar o Plano de Logística Reversa cadastrado no SIGOR Logística Reversa, incluindo as novas metas estabelecidas, até o dia 31 de março de 2026. Não há como fugir: documentação e planejamento estratégico são fundamentais nesse processo.

  • Todos os Planos devem contemplar, além das quantidades, metas de abrangência geográfica – ou seja, indicar onde, de fato, o material retornado será recolhido ao longo do estado.
  • As propostas precisam estar absolutamente alinhadas com os critérios técnicos estabelecidos pelo governo estadual e com as exigências de transparência e comprovação de resultados.
  • Falhar na atualização do Plano dentro do prazo pode colocar em risco a regularidade da operação da empresa e trazer penalidades administrativas.

Estrada sinuosa verde com plantas e montanhas ao fundo e símbolo de reciclagem circular em destaqueCom a evolução do tema, vejo que a plataforma Conecta LIR tem papel fundamental ao auxiliar empresas a se manterem em dia com essas obrigações, promovendo curadoria de projetos e facilitando a comunicação e entrega dos relatórios.

Responsabilidade permanente: o desafio dos próximos anos

O compromisso não termina com a simples entrega documental. A sustentabilidade virou uma missão diária. Nos encontros que participei, ficou explícito o impacto social positivo gerado pela logística reversa bem estruturada. A nova regulação é clara: não basta criar ações pontuais, é preciso comprovar, ano após ano, o resultado efetivo na cadeia de reaproveitamento de materiais.

Cada etapa precisa ser cuidadosamente planejada, executada e reportada, consolidando o conceito de ciclo completo e circular na gestão de resíduos.

Caminho para adequação: pontos de atenção

Se pudesse resumir em poucas palavras as recomendações mais importantes, seriam estas:

  • Revise o Plano de Logística Reversa já cadastrado no SIGOR.
  • Acompanhe as exigências atualizadas da CETESB e integre as metas quantitativas e geográficas exigidas para 2026 a 2029.
  • Garanta a coleta total dos dados referentes ao ano-base fiscal, com cruzamento correto das informações financeiras e ambientais.
  • Mantenha o compromisso de entregar o Relatório Anual de Resultados até 30 de julho do ano subsequente ao ano de referência.
  • Busque suporte em plataformas confiáveis, como a Conecta LIR, para garantir segurança jurídica, compliance documental e reuniões de acompanhamento.

Reunião de empresas discutindo plano de logística reversa Quem acompanha meus artigos sabe: oportunidades, regras e riscos convivem lado a lado nessa jornada. No contexto paulista, com as regras de 2025 em diante, não há mais espaço para improviso ou para deixar temas de sustentabilidade e logística reversa em segundo plano.

Para aprofundar mais sobre temas práticos, gestão de resíduos ou política pública em logística reversa, recomendo visitar fontes confiáveis como: logística reversa, políticas públicas, economia circular,regras, metas e punições em logística reversa e gestão de resíduos.

Conclusão

Com a nova legislação, vi empresas transformando o cumprimento legal em vantagem competitiva, ampliando seu impacto ESG e impulsionando a economia circular. Meu convite é simples: não espere o prazo apertar. Atualize seu plano, busque suporte de plataformas como a Conecta LIR e garanta que o investimento em sustentabilidade seja mais do que mera obrigação, mas parte da sua estratégia de crescimento.

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Perguntas frequentes

O que é logística reversa em SP?

A logística reversa em São Paulo é o conjunto de ações que promovem o retorno de produtos e embalagens pós-consumo ao ciclo produtivo, garantindo destino ambientalmente correto. Isso inclui a exigência de metas periódicas e relatórios, conforme determina a legislação estadual mais recente.

Quais as novas metas até 2029?

As novas metas estabelecidas pela CETESB para o período de 2026 a 2029 envolvem o aumento progressivo da coleta de resíduos pós-consumo, com detalhamento tanto quantitativo quanto geográfico. As empresas devem cadastrar essas metas até 31 de março de 2026 no SIGOR Logística Reversa e comprovar seu atingimento anualmente por meio dos Relatórios Anuais de Resultados.

Como funciona a logística reversa na prática?

Funciona com a estruturação de sistemas de coleta e destinação de resíduos, integrando consumidores, empresas e operadores ambientais. Empresas monitoram o fluxo de produtos e embalagens, recolhem, destinam corretamente e documentam tudo em relatórios anuais, seguindo os conceitos de ano-base, ano de desempenho e ano de apresentação do relatório.

Quem deve cumprir as novas regras?

Todas as empresas que colocam produtos e embalagens no mercado paulista, pertencentes aos setores abrangidos pela legislação, precisam atender às novas obrigações. Isso inclui revisar planos, cumprir as metas determinadas e enviar relatórios dentro dos prazos.

Quais benefícios da logística reversa para empresas?

Além de garantir regularidade e evitar penalidades, empresas que cumprem as obrigações de logística reversa melhoram sua reputação, acessam benefícios fiscais (como os da LIR), integram práticas ESG e contribuem diretamente para uma economia circular mais forte, como promovido pela Conecta LIR.

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Alexandre

Sobre o Autor

Alexandre

Alexandre Furlan Braz é apaixonado pelo desenvolvimento sustentável e pelo potencial das leis de incentivo para transformar a sociedade. Atua como redator e web designer, mantendo-se atualizado com as tendências de reciclagem, economia circular e responsabilidade social corporativa. Seu interesse está em conectar empresas a projetos de impacto, promovendo soluções inovadoras alinhadas a metas ambientais, sociais e de governança.

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