Contador analisando planilha de planejamento tributário com gráficos e documentos de reciclagem na mesa

No longo caminho que percorro na área contábil, sempre busquei compreender como a legislação pode ser aliada da inovação e do impacto positivo. Com a chegada da Lei de Incentivo à Reciclagem (Lei 14.260/2021), percebi que existia não apenas uma oportunidade para empresas, mas uma porta aberta para que a contabilidade assumisse um papel avançado na sociedade. Hoje, divido o meu ponto de vista sobre como o contador pode, de fato, contribuir para transformar o imposto em impacto, orientando práticas que aliam gestão tributária, responsabilidade ambiental, valor social e credenciais ESG robustas. Nas linhas seguintes, compartilho meu olhar – e certa dose de vivência – sobre como gerar benefícios aos clientes por meio dessa legislação.

Entendendo a Lei de Incentivo à Reciclagem: o ponto de partida

Para mim, tudo começa com o domínio do texto legal. A Lei de Incentivo à Reciclagem permite que empresas tributadas pelo Lucro Real destinem até 1% do IRPJ devido a projetos de reciclagem, economia circular e gestão de resíduos previamente aprovados pelo Ministério do Meio Ambiente. O valor investido é integralmente dedutível; ou seja, não existe desembolso extra.

No universo tributário, é fácil ignorar novidades assim. Mas cada linha dessa lei pode ser decisiva para tornar clientes mais preparados, sustentáveis e, honestamente, destacados no mercado. Para mim, isso é ir além do compliance: é gerar diferenciação real.

Pessoa lendo legislação sobre reciclagem em escritório moderno

Panorama da reciclagem no Brasil: contexto e desafios

Antes de orientar um cliente, sempre procurei entender a realidade do setor. O Brasil produziu cerca de 81,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2022, sendo que surpreendentes 39% foram destinados de forma incorreta, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022. Ou seja: parte significativa dos resíduos ainda vai parar em lixões ou aterros controlados, longe do reaproveitamento correto.

E a reciclagem, especialmente do plástico, tem avançado. Segundo um estudo encomendado pelo PicPlast, o país ultrapassou – pela primeira vez – a marca de 1 milhão de toneladas de plásticos reciclados em 2021, alcançando 23,4% de reciclagem de plásticos pós-consumo, com crescimento de 14,3% frente ao ano anterior.

Ainda assim, o cenário está longe do ideal. Acredito que o contador tem o papel de apresentar ao cliente essa realidade – nem otimista, nem apocalíptica, mas com clareza de que os instrumentos de incentivo são necessários.

  • Volume crescente de resíduos coletados, com destaque para o Sudeste, segundo dados do IPEA.
  • Investimentos públicos robustos, como os R$ 278,4 milhões na gestão de resíduos sólidos da Itaipu Binacional, beneficiando mais de 1,4 milhão de pessoas (fonte).
Grandes desafios abrem brechas para grandes soluções.

A atuação do contador: muito além do departamento fiscal

Quando se fala em contabilidade e incentivos, muitos colegas limitam a análise ao cálculo do benefício fiscal, acreditando que se trata apenas de “abater imposto”. Minha visão vai além e, se me permite dizer, isso faz toda a diferença para as empresas clientes.

Vejo que o contador pode atuar nestes eixos:

  • Analisar o potencial de destinação do IRPJ;
  • Mapear projetos de reciclagem alinhados à estratégia ESG da companhia;
  • Acompanhar a legislação e garantir a conformidade documental;
  • Assessorar na comprovação do impacto e elaboração de relatórios;
  • Fazer o elo entre áreas fiscal, jurídica, RH e ESG;
  • Apoiar a comunicação dos resultados, valorizando a reputação da empresa.

Em resumo: a aplicação inteligente da Lei de Incentivo à Reciclagem pode posicionar o contador como consultor estratégico, promovendo impacto ambiental e social junto ao cliente.

Como gerar benefícios aos clientes de contabilidades com a lei de incentivo à reciclagem?

O segredo, no fundo, é reconhecer o valor dessa legislação. Empresas tributadas pelo Lucro Real podem reduzir o imposto devido enquanto financiam projetos socioambientais de impacto comprovado. Isso significa planejar o tributário com propósito, e não apenas com foco em economia.

Listo, com base em minha experiência e estudos, os principais benefícios que consegui gerar para clientes:

  1. Redução imediata da carga tributária: A dedução é integral. O valor destinado já sairia da empresa como imposto.
  2. Acesso a projetos aprovados, com rastreabilidade: Apenas iniciativas com chancela do Ministério do Meio Ambiente entram no rol dos possíveis aportes.
  3. Fortalecimento da agenda ESG: Cada centavo alocado pode ser acompanhado de relatórios de impacto, o que alimenta a comunicação em sustentabilidade e transparência.
  4. Melhoria de imagem junto à comunidade: Apoiar a reciclagem se converte em reputação positiva, algo muito valorizado em licitações, certificações e relacionamento com entidades internacionais.
Transformar imposto em impacto é possível, sim. E pode começar no escritório de contabilidade.

Como funciona, na prática, a aplicação da lei na contabilidade?

Quando proponho o tema a clientes, costumo dividir o processo em etapas bastante claras:

  1. Levantamento do IRPJ devido: O primeiro passo é calcular, com exatidão, o imposto apurado pela empresa no regime de Lucro Real.
  2. Identificação do valor disponível para destinação: Limite de até 1%. Se for, por exemplo, R$ 2 milhões de IRPJ, pode-se destinar até R$ 20 mil para projetos aprovados.
  3. Escolha do projeto beneficiado: A empresa não pode criar o próprio projeto; deve apoiar um já aprovado pelo órgão competente. Aqui entra pesquisa, análise técnica e, sempre que possível, a utilização de plataformas especializadas, como a Conecta LIR, para cruzar oportunidades.
  4. Procedimentos de pagamento e escrituração: São essenciais a documentação e o registro correto na contabilidade, para comprovação futura junto à Receita Federal e ao Ministério do Meio Ambiente.
  5. Obtenção de relatórios de impacto: Após a destinação, o projeto aprovado é obrigado a emitir relatórios que comprovem o uso dos recursos e os resultados ambientais e sociais alcançados.
  6. Comunicação interna e externa dos resultados: O contador pode ajudar o cliente a apresentar estes dados em relatórios anuais, apresentações de sustentabilidade, entre outros materiais.
Passos do processo de destinação de IRPJ para reciclagem em quadro branco

Exemplo prático: do cálculo ao impacto

Em 2023, acompanhei uma indústria que tinha R$ 750.000 de IRPJ devido. O limite de destinação era de R$ 7.500. Pesquisamos projetos em economia circular já aprovados, e um deles reunia todos os critérios da companhia – alinhamento com objetivos ESG, atuação em municípios da região, transparência no acompanhamento. Fizemos todo procedimento de destinação, escrituração e relatório. Entre os resultados, destaquei junto ao cliente:

  • Reaproveitamento de mais de 30 toneladas de resíduos industriais ao ano;
  • Criação de empregos locais na cadeia de reciclagem;
  • Demonstração pública do apoio em site, redes sociais e relatório anual da companhia.

Esses ganhos geram, na prática, destaque em editais públicos, melhoria na relação com fornecedores e vantagem em avaliações ESG.

O papel das plataformas especializadas

Tenho observado uma tendência crescente: a busca por soluções digitais para conectar empresas a projetos aprovados, garantindo agilidade, segurança jurídica e facilidade na gestão do processo. Nesse contexto, plataformas como a Conecta LIR vêm se destacando por permitir desde a seleção criteriosa de projetos até a geração de relatórios prontos para auditorias e comunicação institucional.

Na minha opinião, ter apoio tecnológico não é luxo; é garantia de que o procedimento será feito corretamente, com todo o lastro exigido. Além disso, as plataformas reúnem projetos de todo o país, aumentando a diversidade e a chance de encaixe entre empresa e iniciativa.

Uma plataforma confiável pode ser a ponte entre estratégia tributária e resultados ESG de verdade.

Como identificar projetos qualificados para recomendação?

É necessário ir além do “parece interessante”. Recomendo sempre observar os seguintes pontos:

  • Projeto aprovado no ministério: Confirme a regularização junto ao Ministério do Meio Ambiente, sempre exigindo a documentação adequada.
  • Transparência na prestação de contas: Peça exemplos de relatórios anteriores, converse com outros apoiadores e analise se existe clareza sobre o uso dos recursos.
  • Alinhamento com valores da empresa: Faz sentido apoiar uma causa que se conecta à operação, à comunidade local ou à estratégia de negócios do cliente.
  • Capacidade de mensurar resultados: Projetos que apresentam indicadores sociais e ambientais (quantidade de resíduos reciclados, número de pessoas beneficiadas, empregos criados) demonstram maturidade.
  • Histórico e reputação da instituição executora: Busque informações públicas, avaliações e referências de outros parceiros.
Contador avaliando projetos ESG em tela de computador

Vivi situações em que a escolha criteriosa evitou dores de cabeça futuras. Por outro lado, quando existe esse cuidado, todos ganham – empresa, projeto, sociedade e meio ambiente.

Planejamento tributário: onde a contabilidade faz a diferença?

Na minha caminhada, percebi que as oportunidades geradas pela Lei de Incentivo à Reciclagem só são aproveitadas quando existe planejamento tributário real, individualizado. Não é raro ver empresas que poderiam, sim, redirecionar 1% do IRPJ, mas deixam de fazê-lo por falta de orientação ou desconhecimento da legislação.

O papel do contador é:

  • Analisar periodicamente a apuração do IRPJ;
  • Projetar, já no início do ano, o potencial de destinação;
  • Balançar o portfólio de incentivos (cultura, esporte, reciclagem) para que o cliente aproveite todos os instrumentos possíveis;
  • Cuidar da documentação, evitando autuações e pendências fiscais;
  • Incluir as ações de reciclagem e sustentabilidade no planejamento estratégico da empresa cliente;

Em síntese, o contador pode transformar uma obrigação (o pagamento de imposto) em benefício social, ambiental e financeiro. E tudo isso com respaldo legal, transparência e alinhamento aos valores do cliente.

Reunião sobre planejamento tributário para reciclagem

Case real: pequena empresa e grande impacto

Certa vez, acompanhei o caso de uma fornecedora industrial de médio porte que sempre pagou seu IRPJ integralmente. Ao apresentar a opção da destinação via Lei de Incentivo à Reciclagem, inicialmente houve insegurança quanto à regularidade do procedimento. Fizemos o exercício de planejamento, e a cada etapa apresentei normas, simulações e exemplos. O resultado foi a destinação de R$ 8.000, sem qualquer alteração do fluxo financeiro, que retornou em economia circular no bairro vizinho à fábrica. Os colaboradores puderam visitar o projeto e houve, na festa anual, o reconhecimento desse apoio. O retorno à empresa foi maior engajamento interno e fortalecimento da marca junto à comunidade.

Relatórios de impacto ESG: a cereja do bolo

Trabalhar com reciclagem e sustentabilidade é, cada vez mais, sinônimo de construir reputação sólida. Clientes, investidores e órgãos fiscalizadores buscam empresas conscientes e transparentes. É aí que entram os relatórios de impacto ESG, sigla para ambiente, social e governança (ou, em bom português, Environmental, Social and Governance).

Ao indicar e acompanhar a destinação do IRPJ para reciclagem, o contador pode assumir também a função de gerar relatórios de impacto para a empresa.

Esses relatórios ajudam a comprovar, por exemplo:

  • Toneladas de resíduos reaproveitados;
  • Redução de emissões de CO2 associada ao processo de reciclagem;
  • Quantidade de famílias beneficiadas na cadeia da reciclagem;
  • Geração de postos de trabalho;
  • Ações de educação ambiental realizadas em parceria com o projeto apoiado;

Na minha atuação, já observei que tudo que é documentado ganha valor agregado para outros parceiros de negócio. Se a empresa apresenta evidências claras de impacto, vai bem mais longe em concorrências, consolida parcerias estratégicas e atrai oportunidades de crédito específicas para negócios sustentáveis.

Relatório ESG sobre reciclagem em tela de notebook

Como garantir um relatório confiável?

Sugiro sempre:

  • Exigir do projeto apoiado metas claras e relatórios periódicos;
  • Validar os dados apresentados com visitas e fotos das ações nas cidades de atuação;
  • Cruzamento das informações financeiras (exemplo: quanto foi apoiado x quanto foi executado em ações ambientais e sociais);
  • Apresentar o relatório de impacto como parte das Demonstrações Financeiras ou no Relatório de Sustentabilidade anual;

Aliar contabilidade e agenda ESG, nesse contexto, é diferencial. Não é exagero afirmar que, com a Lei de Incentivo à Reciclagem, o contador ajuda o cliente a “materializar” os compromissos ambientais assumidos.

Conformidade ambiental: responsabilidade (e vantagem) para as empresas

Uma das tendências que percebo crescer, e rápido, no mundo dos negócios é a cobrança social por práticas responsáveis. Empresas que investem em projetos de reciclagem, por meio do uso correto da Lei de Incentivo, tendem a construir imagem diferenciada e acesso facilitado a mercados mais exigentes.

Na prática, isso significa:

  • Menos riscos de autuações ambientais;
  • Mais chances em processos de certificação (ISO 14001, por exemplo);
  • Facilidade no acesso a linhas de crédito verdes;
  • Reconhecimento por clientes e fornecedores que priorizam práticas sustentáveis.
O contador pode (e deve) ser a consciência ambiental da empresa.

Além disso, com a transparência trazida pelos processos apoiados por plataformas como a Conecta LIR, tudo é documentado. Isso fortalece auditorias, inspeções e comunicação com o mercado. E, como comentei, pode ser o ponto que diferencia a empresa num novo contrato ou projeto.

Economia circular e a relevância da gestão de resíduos

Ao sugerir a destinação do IRPJ para projetos de reciclagem, o contador também move o cliente para dentro da economia circular – modelo que visa manter o máximo valor possível nos produtos e materiais pelo maior tempo possível, reduzindo desperdício e criando novos ciclos de uso.

A atuação junto a iniciativas de gestão de resíduos é, hoje, parâmetro de inovação, espírito de colaboração social e, sem dúvida, inteligência econômica. Ao entrar nesse circuito, as empresas passam a:

  • Reduzir custos com destinação de resíduos;
  • Criar oportunidades de geração de renda e emprego em regiões atendidas pelos projetos;
  • Desenvolver negócios a partir de insumos reciclados;
  • Aumentar o valor percebido pelos stakeholders (clientes, investidores, comunidades, governo).
Fluxo de economia circular com recicláveis

Se existe uma tendência que veio para ficar, é a valorização da economia circular (confira mais no portal de economia circular). Para o cliente do escritório de contabilidade, isso significa não apenas apoiar o meio ambiente, mas também gerar negócios, oportunidades e reputação.

O papel consultivo do contador: de profissional técnico a agente de transformação

Ao longo dos anos, vi colegas se distanciarem da função consultiva, por acharem que cabe ao contador apenas cumprir obrigações. Discordo frontalmente – e os exemplos relacionados à Lei de Incentivo à Reciclagem apenas confirmam minha opinião.

Quando aprofundo o trabalho junto ao cliente nesses temas, percebo que a atuação contábil passa a ser percebida como fonte de soluções inovadoras, e não só de respostas para o Fisco.

O contador ajuda o cliente a:

  • Compreender todos os instrumentos fiscais disponíveis;
  • Avaliar, caso a caso, o potencial de destinação;
  • Criar projetos de sustentabilidade não apenas para “ficar bonito”, mas para transformar comunidades e cadeias produtivas;
  • Fazer a ponte com plataformas especializadas para garantir segurança e eficiência no processo;
Cada consulta sobre incentivos fiscais pode ser o início de uma história de transformação coletiva.

Por onde começar? Pequenas atitudes, grandes legados

  • Organize uma “pílula” ou minicurso para apresentar a Lei de Incentivo à Reciclagem aos clientes.
  • Monte um guia orientando os gestores a analisar periodicamente o potencial de destinação do IRPJ.
  • Colete cases de sucesso junto a outros clientes e compartilhe estratégias vencedoras.
  • Inclua perguntas sobre destino de resíduos e políticas de reciclagem nos checkpoints anuais de compliance da empresa.

Me surpreendi com a quantidade de empresas se dizendo disponíveis para apoiar projetos, desde que tivessem orientação segura. E é aí que entra a necessidade de um contador bem preparado e atualizado.

Boas práticas para escritórios de contabilidade: passo a passo básico

Com o tempo, acabei definindo um roteiro próprio, que compartilho por acreditar que pode apoiar colegas interessados em inovar:

  1. Monitore a legislação e mantenha-se atualizado por meio de portais como o de incentivo fiscal;
  2. Identifique e registre os clientes aptos (Lucro Real, principalmente);
  3. Organize um calendário para identificação e contato com projetos certificados;
  4. Fomente reuniões regulares com as áreas fiscal, jurídica, RH e marketing das empresas para decidir os projetos alinhados à política ESG;
  5. Colete e organize todos os documentos para registro fiscal e prestação de contas;
  6. Oriente o cliente sobre a elaboração dos relatórios anuais de impacto, sempre alinhados às tendências e requisitos do mercado (responsabilidade corporativa);
Reunião de escritório de contabilidade sobre ESG e reciclagem

Com método, é possível transformar a aplicação da lei em rotina. O que antes era um tema lateral passa a ser peça central na gestão estratégica do cliente.

Onde buscar informações e referências?

Quem me conhece sabe que nunca insisto para que colegas reinventem a roda. Acredito na força do aprendizado contínuo. Por isso, recomendo buscar informações em portais ligados a temas de tributação, gestão de resíduos e ambientes como a própria plataforma Conecta LIR, que centraliza projetos, notícias e instrumentos de comunicação sobre a Lei de Incentivo à Reciclagem.

E nunca deixe de analisar os dados disponíveis em entidades, pesquisas recentes e publicações do governo.

Como apresentar o tema para os clientes?

Vivenciei diferentes formatos de comunicação, desde reuniões individuais até lives abertas para grupos de parceiros. A cada contato, percebo que a clareza e a objetividade são determinantes para quebrar resistências iniciais.

Segue uma sugestão de abordagem:

  • Explique os requisitos legais de forma simples e sem citações técnicas, a princípio;
  • Destaque o “custo zero” adicional ao optar pela destinação;
  • Apresente exemplos reais, inclusive números, para mostrar o impacto;
  • Mostre como a geração de relatórios pode ser convertida em valor de mercado;
  • Forneça materiais de apoio, se possível, para que outros sócios e setores internalizem o tema;
Contador apresentando lei para clientes em sala de reunião

Objeções comuns e como superá-las

Nenhuma inovação chega sem resistência. Já ouvi de gestores frases como “isso é arriscado?”, “tem certeza que a Receita aceita?”, “não vai dar trabalho redobrado?”. Para mim, as respostas são frutos de experiência:

  • Segurança jurídica: A lei é clara e prevê, inclusive, dedutibilidade integral. O segredo está na documentação e escrituração correta.
  • Trabalho adicional: Se o processo for bem desenhado, torna-se rotina (e, com o tempo, reforça o valor do serviço contábil).
  • Medição de resultado: Projetos aprovados possuem obrigação de prestação de contas. E plataformas sérias centralizam este controle, facilitando a vida do cliente e do contador.
Inovação e segurança caminham juntas quando o procedimento é bem orientado.

Oportunidades futuras: tendências do setor e do incentivo

Parece evidente para mim: as preocupações com sustentabilidade e responsabilidade corporativa só vão crescer, impulsionadas por exigências de mercado, auditorias, sociedade e investidores. Nesse futuro próximo, quem já estiver habituado à gestão e destinação de incentivos fiscais para reciclagem estará melhor preparado para:

  • Se antecipar a legislações mais severas;
  • Criar programas customizados para clientes (inclusive consultoria ESG ampliada);
  • Focar em reporte de impacto e criação de indicadores próprios para empresas apoiadoras;
  • Desenvolver novos nichos de atuação para o escritório contábil.

Vi empresas ganharem novas oportunidades de negócio simplesmente pelo fato de terem experiências anteriores em incentivo à reciclagem bem conduzidas – um efeito multiplicador que foge ao mero efeito financeiro imediato.

Conclusão: fazer diferente é possível com conhecimento aplicado

Acredito firmemente que o contador que abraça a Lei de Incentivo à Reciclagem está dizendo “sim” a um novo tempo para a profissão. Falei de compliance, mas também de protagonismo, criatividade e impacto positivo.

O trabalho de contabilidade pode ser fonte constante de inovação, reputação e transformação para empresas e sociedade. E, claro, é uma enorme oportunidade de diferenciação para quem decide buscar mais conhecimento, como venho encontrando no ecossistema da Conecta LIR e em suas ferramentas de apoio.

Basta um novo olhar sobre o que já existe para transformar rotina em impacto real.

Se quiser saber mais, aprofunde em nossos materiais, busque parcerias e veja como podemos caminhar juntos para que cada cliente, e cada contador, seja um protagonista na construção de um futuro mais circular, sustentável e respeitável. Acesse nossos canais e descubra como transformar imposto em impacto com segurança, inteligência e propósito.

Perguntas frequentes sobre a Lei de Incentivo à Reciclagem

O que é a Lei de Incentivo à Reciclagem?

A Lei de Incentivo à Reciclagem, ou LIR (Lei 14.260/2021), é uma norma federal brasileira que autoriza empresas tributadas pelo Lucro Real a destinar até 1% do seu IRPJ devido a projetos de reciclagem aprovados pelo Ministério do Meio Ambiente. O recurso é dedutível, permitindo financiar iniciativas ambientais sem custo adicional à empresa.

Como a contabilidade pode aproveitar essa lei?

A contabilidade identifica clientes aptos, calcula o limite de destinação, organiza a documentação e direciona os recursos para projetos qualificados, garantindo toda conformidade fiscal e ambiental. Além disso, o contador pode assessorar na geração de relatórios ESG e fortalecer a sustentabilidade corporativa.

Quais benefícios os clientes podem obter?

Os principais benefícios são: dedução integral do imposto de renda, apoio a projetos de reciclagem auditados, geração de impacto ambiental mensurável, reforço à imagem sustentável da marca, mais competitividade em licitações e reconhecimento por práticas responsáveis perante clientes, mercado e parceiros.

Vale a pena investir em projetos de reciclagem?

Sim, investir em reciclagem via incentivo fiscal traz ganhos imediatos e de longo prazo para empresas, sociedade e meio ambiente. Há redução do IRPJ, fortalecimento da agenda ESG e diferencial competitivo, especialmente diante de consumidores e investidores cada vez mais atentos à responsabilidade socioambiental.

Como indicar empresas para projetos incentivados?

O primeiro passo é confirmar se a empresa é tributada pelo Lucro Real. Depois, o contador analisa o valor do IRPJ devido e pesquisa projetos aprovados no Ministério do Meio Ambiente, sempre exigindo documentação e relatórios confiáveis. Plataformas especializadas como a Conecta LIR auxiliam nessa conexão e em todas as etapas do processo.

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Alexandre

SOBRE O AUTOR

Alexandre

Alexandre Furlan Braz é apaixonado pelo desenvolvimento sustentável e pelo potencial das leis de incentivo para transformar a sociedade. Atua como redator e web designer, mantendo-se atualizado com as tendências de reciclagem, economia circular e responsabilidade social corporativa. Seu interesse está em conectar empresas a projetos de impacto, promovendo soluções inovadoras alinhadas a metas ambientais, sociais e de governança.

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